quarta-feira, outubro 27, 2010

Com castanhas...


Nada melhor do que ir plantando na nossa Aldeia, alguns exemplares de vegetação, adaptada ao local e à flora já existente. Passados 25 anos, a flora pode ser enriquecida e completada com outros exemplares.

Este castanheiro veio da Guarda há poucos anos, com apenas alguns centímetros; quando atingiu uns palmos de altura floriu e apareceram alguns ouriços verdes que rapidamente se abriram e soltaram os frutos tão esperados e desejados nesta altura. Tem cerca de 10 anos, no entanto serão necessários outros 10 para que a frutificação passe a ser regular e assegurada.
Aqui ele é o único da espécie; vive rodeado de medronheiros que nesta altura mantém o recanto cheio de alegria com a sua flor branca e fruto de cor -laranja intenso; por perto além de uma pequena oliveira marcam presença e sobressaem tufos de urzes abrindo as flores em tons rosa fortes .
Neste sossego feito de silêncio em breve a paisagem ficará pintada com o lilás do alecrim e perfumada pelo seu aroma.



Para já fica esta amostra...

quarta-feira, outubro 20, 2010

(Cynara cardunculus L.)



Os cardos nascem espontaneamente e prosperam exuberantes nos campos. Pelo menos aqui comportam-se assim. São uma beleza da flora portuguesa, matizam a paisagem verde com os seus pompons coloridos de tom lilás. Depois de devidamente seco ainda é usado na confecção do queijo de cabra, ovelha…uma raridade.
Este aqui acima estava á minha espera, oscilando à mínima aragem, tão ao de leve! Fiquei fascinada não só pela flor mas também pela forma e cor! Pena durar pouco tempo, mas ele agora vive na minha fotografia e será efémera a sua beleza! Pequenos nadas que me fazem sentir bem.



“...Adornou meu quarto a flor do cardo,
Perfumei-o de almíscar recendente;
Vesti-me com a púrpura fulgente,
Ensaiando meus cantos, como um bardo: …”

Antero de Quental

sexta-feira, outubro 15, 2010

Butterfly Monarch

Muito conhecida e famosa pelas longas viagens migratórias que geralmente começam em Outubro e a levam dos diversos lugares do norte dos Estados Unidos e sul do Canadá ao México, a uma localidade com cerca de 50 km2 Parque Izta-Popo; são milhões todos os anos. Fixam-se em terrenos onde cresce a sua planta hospedeira, a Asclepia cuvassarica,ali onde o silêncio da montanha as acolhe e o anonimato as protege.
Fiz pela primeira vez a “viagem” com a Borboleta-Monarca, em 1994 no Futuroscope em Poitiers; parque temático com múltiplas atracções, cinema em 3-D, ecrãs gigantes e interactivos; "Magic Carpet" nome da sala com dois projectores - um apontando para uma tradicional Imax (plano)da tela, e o outro para uma tela inclinada sob o auditório, visível através de um piso de vidro em 3D. Era como se estivéssemos suspensos no meio da tela com o filme acima e abaixo de nós, voando num tapete mágico, como que sentindo o vento e o ruído dos mares e serras; gostei tanto e foi tal o fascínio que então repeti a "viagem"; sempre que nos anos seguintes por ali passava, voltava a entrar e a ‘voar´, pura magia… aqueles 40 minutos .
O número de borboletas que migram para o México tem diminuído: dizem os entendidos que factores como as mudanças climáticas, secas e pesticidas são algumas das razões do declínio destas lindas borboletas ‘rainha’.
(imagem Web)

sábado, outubro 09, 2010

inicio de Outono






Gosto de passear em espaços calmos, extensos, com trilho ao infinito; sugerem reflexão e a tranquilidade acontece.
Relaxar, sentir os passos e ouvir o silêncio.
Um pequeno passo de cada vez, até bem longe: duas horas é tempo excelente.












Maravilhosa a solidão e a calma, a frescura do verde.
O aroma do ar e do canto dos pássaros.
As primeiras folhas já caem suavemente no chão...

sábado, outubro 02, 2010

Mirabilis Jalapa

Também conhecidas por "boas noites" ou "belas noites" são flores simples, que não precisam de cuidados e brotam até nas frestas dos muros. Abrem ao pôr-do-sol em diferentes tonalidades de cor na mesma planta, pintando o jardim com múltiplas cores; fecham-se pela manhã. A magia está nas flores abertas como quem abraça a calma do fim de tarde e enchem o ar com a sua fragrância; vão-nos chamando e envolvendo e assim percebemos a razão de tanta beleza ao anoitecer.

Consegui aqui reunir as que compõem os matizes do meu jardim.