Em
menina costumava sonhar acordada: muitas vezes, transpunha os meus sonhos para
o papel em forma de desenhos e pinturas;
o meu imaginário substituía bem o que eu ansiava-desejava. Desenhava e pintava, fugia da realidade, era
como um voo no espaço e no tempo, onde tudo era possível .
Agora
que os meus cabelos oscilam entre o branco e dourado a minha imaginação
continua activa mas os meus sonhos já têm limites; sento-me
ao lado da menina do passado e com ela partilho mãos cheias com um pouco
de tudo, sonos leves e pesados, sonhos e pinturas da tela já ‘vivida.’
Sonho:
uma constante da vida e a menina que
mora em mim não vai deixar que eles se escapem!