quinta-feira, abril 09, 2009

É bem mais simples o lilás da flor-de-lis




Do pesadelo há quanto tempo a minha sina
da chama quente do conflito a insensatez
toda a saudade o coração em desalinho
é mal de mim por um segundo ser feliz

Atrás da porta é sentinela a minha insónia
tempo perdido de um inverno de promessas
que vai sangrando na miséria das mentiras
dois corações, mais que a paixão, história antiga

lá de longe, outras palavras já é tarde
das suas juras o meu dom de iludir
fome de amor, nada pra mim, fiquei sozinho
meu bem querer, até o fim, onde andará

de corpo e alma, sem você o desalento
de flor em flor, um solitário passarim
dias de chuva, espelhos d’água na varanda
chove lá fora e a minha vida em suas mãos

o que será das cicatrizes do meu vício
quotidiano pensamento sem resposta
o bem e o mal nunca talvez seja encontro
é bem mais simples o lilás da flor-de-lis

Elcio tuiribepi
Edu toribe

2 comentários:

Vicktor Reis disse...

Querida Lilás

Belo poema para enriquecer ainda mais este blogue de tamanha sensibilidade. Celeza, suavidade, sentir, suavidade. Não admira pois, que seja de visita diária para nosso encantamento.

É...

"É o meu vício de Ti!

Chegou de mansinho
Entrou sem bater na aldraba da porta
Silenciosamente
Instalou-se
Percorreu as veias e os vasos capilares
Conquistou todo o corpo
E o sentir"


Beijinhos.

Anónimo disse...

A ti amiga que tens o condão de transformar os dias em tons de lilás, uma boa Páscoa.
Beijinhos Zé