As ondas quebravam uma a uma Eu estava só com a areia e com a espuma Do mar que cantava só para mim. Sophia de Mello Breyner Andreson
quinta-feira, abril 09, 2009
É bem mais simples o lilás da flor-de-lis
Do pesadelo há quanto tempo a minha sina
da chama quente do conflito a insensatez
toda a saudade o coração em desalinho
é mal de mim por um segundo ser feliz
Atrás da porta é sentinela a minha insónia
tempo perdido de um inverno de promessas
que vai sangrando na miséria das mentiras
dois corações, mais que a paixão, história antiga
lá de longe, outras palavras já é tarde
das suas juras o meu dom de iludir
fome de amor, nada pra mim, fiquei sozinho
meu bem querer, até o fim, onde andará
de corpo e alma, sem você o desalento
de flor em flor, um solitário passarim
dias de chuva, espelhos d’água na varanda
chove lá fora e a minha vida em suas mãos
o que será das cicatrizes do meu vício
quotidiano pensamento sem resposta
o bem e o mal nunca talvez seja encontro
é bem mais simples o lilás da flor-de-lis
Elcio tuiribepi
Edu toribe
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2 comentários:
Querida Lilás
Belo poema para enriquecer ainda mais este blogue de tamanha sensibilidade. Celeza, suavidade, sentir, suavidade. Não admira pois, que seja de visita diária para nosso encantamento.
É...
"É o meu vício de Ti!
Chegou de mansinho
Entrou sem bater na aldraba da porta
Silenciosamente
Instalou-se
Percorreu as veias e os vasos capilares
Conquistou todo o corpo
E o sentir"
Beijinhos.
A ti amiga que tens o condão de transformar os dias em tons de lilás, uma boa Páscoa.
Beijinhos Zé
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