Era ainda muito pequena, talvez 4 anos, quando a minha irmã mais velha, então jovem universitária juntou alguns escudos da sua escassa mesada e me ofereceu um grande boneco de papelão. Era quase do meu tamanho!
Foi baptizado de “bolinhas” pois na cabeça pintada de tinta amarela lhe coloquei um gorro de lã com duas bolinhas penduradas.
O “bolinhas” fez parte da minha vida de criança e acompanhou-me ao logo destes anos todos; tantas vezes lhe peguei ao colo, tantas horas de brincadeira!
Desde há anos que repousa calmamente num sofá do sótão, junto à janela, bem iluminado, sempre com o mesmo sorriso. Algo maltratado pelas quedas que demos em conjunto, tem agora o seu merecido descanso.
Usa chapéu de tecido azul e um fatinho de treino da mesma cor, herança do meu filhote.
Companhia permanente, o “bolinhas” faz parte da minha vida.
As ondas quebravam uma a uma Eu estava só com a areia e com a espuma Do mar que cantava só para mim. Sophia de Mello Breyner Andreson
sexta-feira, outubro 30, 2009
Bolinhas
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27 comentários:
Querida Lilá(s)
Tens um baú de memórias tão valioso como tu própria o és... e esta memória que agora dele retiraste e que connosco partilhas é simplesmente deliciosa.
Deste vida ao bolinhas quando com ele brincaste... deste-lhe encantamento quando lhe vestiste toupinhas que o teu filhote já tinha usado...
Nota-se np sorriso do Bolinhas a felcidade que ele sente na tua companhia, a mesma que nós sentimos com esta tua partilha.
Beijinhos
Olá
Recordações...quem as não tem?!
É tão bom recordá-las!
Partilhaste uma "terna recordação".
Bjs.
Lisa
Que bom que é podermos ter estas memórias...
Que ternura, Lilá(s). É nestas coisas boas que a nossa vida enraíza e se adoça...
Essaas recordações fazem bem mesmo.Lindo!beijos,chica
Infelizmente, eu não tenho a minha arca de recordações.
Mas dava-me jeito ter uma...........
vou ver porque estas 'postagens', não aparecem no registo diário?
Beijo
Uma boa recordação.
eu tenho uma "rita"... com um vestidinho de tricot que eu fiz! a minha tia ensinou-me...
a minha neta de 4 anos diz que a boneca da avó é um bocadinho tonta...
é bom remexer certas coisas!
bom fim de semana
beijinhos
É verdade. O bolinhas é um pedaço de ternura de uma grande ternura. Que se mantem apesar do tempo e daquilo a que chamamos anos.
Quantos bolinhas no nosso coração que só o nosso coração entende e que afinal são o grande sentido da vida.
Oi,Lilá(s)
Lembranças boas e melhor ainda quando bem guardadas.
Não me lembro das bonecas da minha infãncia sem a mãe, que cuidasse deses mimos! perdi-a muito cedo.E, tive uma babá que toda noite me contava só historias apavorantes pra eu fechar os olhos e dormir.Talves porisso lembro que as bonecas que presenteava a minha filha me provocava medo quando , a noite encontrava esquecida pela sala, achava que iam criar vida e me enfrentar, quando as guardava no armário. Uma bobagem que até hoje me ocorre , sei lá,sua Bolinha, guardadinha no sotão, pode nao gostar de tanto silencio rsrs , é ums sensação que me ocorreu ao ohar pra ela. Pura maluquice, Lilá(s).
Bem vejo que seu filhete era maiorzinho, mas ficou uma fofa a bolinha vestida assim !
Voce é mestra em trazer postagens que indica doçura e excelencia de vida. Parabens.
Abraços
Olá, amiga!
As nossa reminiscências da juventude
fazem parte da nossa vida.
Quanto eu lembro um cavalinho que tive!
Até lhe escrevi um poema (que já coloquei, em tempos, no blog.
* * *
Agora quanto aos meus livros já chegaram de Lisboa.
Só preciso o seu endereço...
Obrigado.
Beijinho
Mas que boneco mais engraçado. Não sabia que havia assim bonecos em papelão. Também tive uma boneca toda de plástico, que foi a minha grande companhia. Entretinha-me a fazer-lhe roupinhas, por causa disso houve ralhos em casa já que eu "escortaçava" tecidos que a minha mãe comprava e guardava. Um dia ofereceram-me uma boneca tão linda que nem me servia para brincar, porque o que eu queria era uma boneca simples e ser capaz de a tornar bonita: As crianças não gostam de determinadas coisas por estas serem belas, mas antes, pela afectividade que conseguem estabelecer com elas.
Um bom Domingo.
Um beijo.
Gostei muito... um beijinho mto grande de todos nós!
Milena
Há pequenas (grandes) coisas que por mais que passe por elas o tempo continuam a marcar-nos.
Percebo muito bem essas ligações.
*
o baú das memórias,
do iluminado bolinhas,
,
conchinhas, deixo,
,
*
Olá Lilá(s)
É engraçado, hoje também postei sobre os meus brinquedos de infância e lá estava o meu bebé-chorão, claro!
Bjs
...o bolinhas merecia sitio melhor q o sótão---mesmo que q com luz...
há coisas que nem o tempo leva para longe de nós.
Um boneco que te acompanha e persegue os teus sonhos!
1 Abraço.
Nossa que legal!
Amiga, tem uma brincadeirinha no meu blog e te indiquei pra participar, passa lá!
Beijo
Mas que giro!
Mesmo que os objectos já não existam ficam sempre na memória, tb ainda me lembro da Fati...
um abraço
tulipa
Tão belo quanto o nome do seu blog assim é o todo, tomei a liberdade de o visitar, o fiz e amei. Felizes os olhos que presenciam maravilhas. Deus conosco! Parabéns
Amor e Poesia
Olá...
Obrigada pelo lindo comentário :))
Beijinhos*
Linda a forma como guarda na memória e na casa o seu boneco.
Eu nunca tive uma boneca. E tanta vez pedi à minha mãe que um dia ela comprou na feira uma boneca de papelão. Era uma negra, de cabelo encarapinhado e pernas coladas como se fossem uma só. A minha mãe deu-ma dizendo para não a estragar e que era para mim e para a minha irmã.
Eu tinha 5 anos e nunca tinha visto um preto, daí pensei que a boneca estava suja. E como a minha mãe tinha uma celha (metade de uma pipa de madeira) com a roupa branca na "barrela", uma mistura de água quente e sabão, eu fui lá levantei um pouco do lençol e escondi por baixo a boneca.
Só lhe digo que a minha mãe ficou furiosa, quando foi lavar a roupa e encontrou uma pasta escura no meio dos lençóis que lhe mascarrou a roupa. Tanto mais que a boneca lhe tinha custado 10 tostões.
Escusado será dizer que nunca ganhei outra.
Um abraço
Adorei este teu posto. Fizeste voltar ao meu tempo de criança... que boas memórias!
Também tenho muitas guardadas como que de tesouros se tratassem apesar de velhas e gastas. Só quem as viveu é que percebe o significado que têm para nós e é tão bom recordá-las pelo simples facto de, com elas, termos sido nem que seja por um momento felizes. Bjs
Amiga,
Estas lembranças são tão doces.
Também vou partilhar contigo, não a lembrança da minha boneca, pois não sei bem porquê,mas não gostava muito de bonecas,mas sim do terno e docinho ursinho bege.Ele foi o meu companheiro e ia comigo para todo o lado dormindo sempre na minha cama. Foi guardado pela minha tia, num baú em casa da avó Ignácia.Quando numas férias de Verão, voltei à quinta e resolvi arrumar "aquele" baú, deparei-me com o meu queridinho urso "João". Foi o voltar ao passado, à minha feliz infância e abraçando aquele peluche, todo sujinho e já ratado das traças, os meus olhos encheram-se de lágrimas.Dei-lhe um forte beijinho e guardei-o no meu coração.
Boa noite pessoa linda!!!
Muito obrigado pela sua visita...
Seu blog é lindo!!!
Um beijo grande...
Eu volto com mais tempo amiga,é q tenho q estudar...
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